-Sabe, se eu fosse esse Caio, eu jamais faria
isso o que ele fez para você. Você gostava dele realmente, mesmo á distancia.
Esse Caio, rapaz, é um idiota!
De repente o Luan ergue a minha cabeça, começa a enxugar as minhas lagrimas e
vai se aproximando do meu rosto. Era um silencio tão grande naquela casa que eu
conseguia ouvir as batidas aceleradas do coração dele e conseguia sentir a sua
respiração ofegante. E por fim nossos lábios se encontrar em um beijo simples,
calmo e cheio de desejo.
Ficamos por um belo tempo se beijando, até que me toquei sobre o que estava
fazendo e interrompi o beijo.
-Não Luan... para!
-Parar? Por que?
-Eu não posso, eu não quero!
-Mas não foi isso que pareceu. Milena deixa eu te demonstrar o quanto você é
importante para mim.
-Eu não posso Luan. Esse foi só um momento de recaída. Esquece o que acabou de
acontecer.
-Não foi bom o bastante para você?
-Essa não é a questão, se foi bom ou ruim não vem ao caso. Como eu disse, foi
uma recaída. Eu jamais deveria ter vindo aqui.
-Me desculpa! Essa não era a minha intenção. Se eu te forcei, eu te peço
desculpas novamente.
-Não tem que pedir desculpas não. Agora está na minha hora. Tchau! E lembrando,
o que aconteceu morre aqui tá?
-Da minha boca não sai nada. Deixa que eu te levo até a porta.
E esse foi o ultimo contato que eu tive com o Luan, e que contato. Depois de
uma semana a Bruna voltou e pelo que ela me contou o Luan estava com a agenda
lotada por ser final de ano.
Os dias se passaram muito depressa. Quando me dei conta, já estávamos a dois
dias para a grande festa que é o Natal.
A Dayse, minha melhor amigas lá de São Paulo, tinha vindo me visitar e passar o
Réveillon comigo. Esse foi um dos melhores presentes que eu pude receber. Ter a
Dayse do meu lado, assim como eram todos os anos até a minha partida.
Eu, ela e a Bruna nos tornamos o famoso “trio parada dura”. Nós nos divertimos
a beça.
Chegara então dia 25 de dezembro: NATAL! Eu, a Dayse e a Brubs fomos para a
capela do condomínio rezar por essa data tão maravilhosa que é o nascimento do
nosso menino Jesus.
Depois de fazermos as nossas devidas orações, partimos rumo a casa da Bruna,
onde um banquete estava acontecendo.
Primo, tios, vizinhos, todos estavam na casa da Bruna, que graças a Deus era
grande, porque caso contrario não sei na onde caberia tanta gente.
Estávamos no pique da festa, todos se
divertindo, bebendo, comendo. Me senti um pouco desconfortável, acho que havia
passado da conta em questão de comida, então fui ao banheiro. Não demorou muito
para que eu saísse aliviada lá de dentro.
Procurei insistentemente pela Bruna e pela Dayse, mais nada de encontra-las.
Sentei em uma das cadeiras que estavam vagas e fiquei olhando de um lado para o
outro para ver se uma delas passava por onde eu estava, mas foi tudo em vão.
Em uma dessas minhas “olhadas” atrás das meninas, olhei para um canto da casa e
vi a Dayse ficando com um menino. Tinha certeza que era ela, pois seu cabelo é
irreconhecível. Pensei comigo que devia ser um dos meninos do condomínio, pois
a Dayse estava de olho em um deles. Mas para minha surpresa, quando o tal
menino se virou, eu vi que o tal menino era o Luan.
Parecia que ele estava fazendo aquilo só para
que eu visse, pois ele beijava a Dayse olhando para mim. Não pensei duas vezes,
agarrei o primeiro menino que passou pela minha frente. Por coincidência esse
tal menino era o Pedro, um carinha que morava perto de mim e que por muitas
vezes pedia para ficar comigo.
Assim que esta postagem atingir 5 comentários irei publicar o próximo capítulo do Conto Santana