Capítulo 3

 Meu pai saiu correndo, logo após veio o Luan junto com a minha mãe.
-O que foi filha, você caiu?
-Não pai, me joguei no chão porque quis. Claro que não né. Me ajuda a levantar.
Meu pai me estendeu a mão, eu a agarrei e tentei levantar, mais não adiantava, acho que tinha algo errado com o meu pé.
- Não adianta. O Meu pé tá doendo demais.
-Filha deve ter acontecido algo com o teu pé OBVIO – disse a minha mãe- Luan, pegue a Milena e a coloque no sofá, por favor?
-Que foi mãe, tá louca?
-Eu? Não eu estou lucida. Luan faz esse favor pra mim? O Márcio não pode pegar peso.
-Claro que levo ela. Vem aqui muié!
O Luan me pegou no colo e eu fiquei super constrangida. Tinha que acontecer isso justo quando o Luan estava aqui? Quando voltei à consciência o Luan já estava me colocando no sofá.
-Obrigado – dissemos em coro eu, meu pai e minha mãe.
-Que isso. Milena e esse pé como vai ficar?
-Ai eu não sei, só sei que tá doendo demais.
-Então Luan, você sabe de algum hospital aqui por perto ou algo do tipo? – disse minha mãe.
-Tem o hospital público, mais com certeza deve estar lotado, ele vive lotado. Eu posso chamar o meu médico, ele vai vir aqui rapidinho.
- NÃO precisa Luan, ó eu já consigo me levantar – tentei me levantar, mas como a dor era muito forte, voltei a me jogar no sofá.
-Consegue? Tô vendo mesmo. Pera que eu já volto, eu vou ligar pro médico.
O Luan saiu e pediu permissão pra minha mãe para poder ligar para o seu médico, minha mãe permite, mas tinha um porém, como era algo de ultima hora, o médico não podia sair do seu consultório, ou seja, eu teria que ir ao seu encontro. Logo após desligar o telefone, o Luan foi pra sua casa, retirou o seu carro da garagem, estacionou enfrente a minha casa e entrou novamente na minha casa. Na hora que ele entrou na sala, foi logo me pegando no colo.
-Desculpa pelo meu jeito e com licença, mas com saúde não se brinca. Senhor Márcio e Dona Lúcia o médico não pode vir aqui, então eu vou levar a Milena no consultório, vocês permitem?
-Claro – disse meus pais em coro.
Eu apenas fiquei calada ouvindo eles e segui junto com o Luan até o carro. Foi onde eu retruquei.
-E eu aqui não tenho voz não? Luan eu estou bem! Não se preocupe, só foi uma pequena torção que logo logo passa. Me ponha no chão, por favor!
-Nana nina noca, eu não vou deixar você ficar com o pé nesse estado e essa ‘pequena torção’ pode se tornar algo pior. Agora, calma!
Eu e o Luan entramos no carro após despedirmos dos meus pais e partimos para o consultório que não era muito longe. Fomos o percurso inteiro calados. Quando estávamos chegando, o Luan começou a rir do nada.
-A sua imagem de espatifada no chão não sai da minha cabeça. Rapaz, você estava tão engraçada. Por que mesmo que você caiu?
-Obrigada pela força, o meu humor foi lá pra cima. Por que eu cai? Foi o meu pai dizendo aqueles negócios pra você. Aliás, eu não fui pra casa, pra ficar bonita pra você.
-Desculpa! Tem razão, você não precisa entrar e nem sair de um lugar pra ficar bonita, você é bonita por natureza.
Eu olhei com uma cara pro Luan. Era a minha impressão ou ele estava me dando uma cantada? Foi a única coisa que passou na minha cabeça depois de ouvir aquilo.
De repente o Luan deu uma freada brusca que eu quase fui de cara no vidro.

Assim que esta postagem atingir 5 comentários irei publicar o próximo capítulo do Conto Santana