segunda-feira, 18 de junho de 2012

Capítulo 5

-O que? Aquele moleque além de ser duas caras é cara de pau também? Eu não vou descer para saber o que ele quer. Bruna vai ver o que ele quer pra mim? Por favor!
Ela concordou e logo desceu, ficou lá embaixo por um tempinho até que ela me chama, e eu com muita dificuldade desci.
-Bruna, o Luan já foi embora? – questionei olhando e um lado para o outro.
-Não, eu não fui embora Milena. Eu preciso falar com você. – disse o Luan saindo de trás de uma arvore.
-Milena, eu vou subir e arrumar tudinho lá no seu quarto. – disse a Bruna entrando em casa.
A Bruna entrou e eu e o Luan ficamos nos entreolhando, até que resolvi tomar uma atitude.
-Anda logo e diz o que você quer comigo, eu preciso entrar. Eu não gosto de deixar as pessoas esperando.
-Porque você está me tratando desse jeito?
-E você ainda me pergunta? Você foi grosso e agora se faz de sínico?
-Calma! Eu vim aqui para me redimir. Se eu te passei essa imagem, me desculpa! O que eu faço para te convencer de que eu não sou o Luan que te tratou daquele jeito?
-Sabe o que? Fique bem longe de mim e nunca mais me atormente. Agora por favor saia daqui. BRUNAAA. – chamei ela para que me ajudasse a subir as escadas.
Nós entramos e em um certo momento enquanto eu subia as escadas, olhei para trás e vi o Luan com uma cara de cachorro que caiu da mudança, confesso que fiquei com um pouco de pena, mas ele estava provando do seu próprio veneno.
Aquela noite que eu tive com a Bruna foi uma das melhores da minha vida, fazia tanto tempo que eu não ria como eu ri. Fomos dormir era mais de 3 horas da madrugada. Tive um pouco de dificuldade para dormir, tinha algo dentro de mim que me impedia. Fechei os olhos e rolei na cama por varias vezes, até que por um milagre eu acabei adormecendo. Essa coisa que não me deixava dormir era um pressentimento de que algo desagradável e ruim iria acontecer em breve.
Acordei no outro dia com a Bruna pulando em cima de mim.
-Milena. Acorda menina! O dia está lindo.
-Bom dia Bruna!!!
-Milena, bora dar um rolé por Londrina? Você não vai se arrepender. Aqui é lindo demais.
-Tá bom! Mais deixa eu acordar primeiro.
E foi assim por vários dias. Eu e a Bruna nos divertindo e o Luan continuava a ser ignorado por mim.
Estávamos no comecinho de dezembro e a Bruna tinha ido fazer a sua colônia de férias com a galera do colégio e eu por fim fiquei sozinha na pequena Londres, como dizia a Bruna.
Era uma tarde de quarta feira e eu estava navegando na internet, como sempre, até que abro os meus e-mails como de costume e algo quase que impossível aparece diante dos meus olhos, eram fotos do Caio dando uns ‘amassos’ na Duda, a minha arque inimiga. Lagrimas começaram a molhar o meu rosto. Como o Caio teve coragem de fazer aquilo comigo? Como?
Não pensei duas vezes e joguei o meu not no chão e sai correndo desesperadamente para a casa da Bruna. Por um momento eu esqueci que ela tinha ido viajar e bati insistentemente na porta.
Depois de um bom tempo a fechadura se meche e o meu coração se sente seguro, pois a Bruna tinha atendido ao meu chamado e estava vindo me atender, mas para a minha surpresa não era a Bruna quem estava lá diante de mim e sim o Luan.
Logo que me viu naquele estado de desespero, o Luan não questionou nada, apenas me abraçou e me levou para dentro de sua casa. Ele me levou até a sala e logo me trouxe um copo com agua com açúcar. Bebi e comecei a perguntar na onde estava a Bruna.
-Luan cadê a Bu? Chama ela pra mim, por favor! Eu preciso dela mais do que nunca.
-Calma Milena! A Bruna não está aqui, esqueceu? Ela foi para colônia de férias da escola.
-aaaaaa mentira! Eu preciso da Bruna. Liga para ela?
-Lá eles não permitem o uso de celular.
-Não creio! E agora o que eu faço? EU NECESSITO DELA AQUI!
-Calma Milena. Mas tem que ser só com ela? Eu posso te ajudar? Eu faço qualquer coisa para te tirar desse estado!
-Só tá você aqui?
-Sim!
-Então eu vou te contar, mais me promete uma coisa? Não critique nada enquanto eu estiver falando e não pergunte também. Se tiver algo para perguntar, pergunte depois.
Ele concordou e eu comecei a contar. A cada palavra que eu citava, milhões de lagrimas rolavam pelo meu rosto. Quando terminei de contar, o Luan começou a questionar.
-Mas como você soube disso?
-Por um e-mail que me mandaram. Luan, eu não sei o que eu faço, eu estou sem chão.
-Mas não é montagem de alguém querendo fazer alguma gracinha com você?
-Não é não. Dá pra ver perfeitamente que não é montagem. O que eu faço? Me ajuda!
-O que eu posso fazer para te acalmar ou te ajudar? Eu repito, eu faço qualquer coisa.
-Me abraça!
Foi a minha única saída. Eu precisava de um refugio.
O Luan me abraçou de tal forma que fez com que todos os meus problemas desaparecessem como num simples passe de magica. Ele começou a fazer carinhos da minha cabeça e logo eu me acalmei.

Assim que esta postagem atingir 5 comentários irei publicar o próximo capítulo do Conto Santana

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