quinta-feira, 21 de junho de 2012

Capítulo 9

O nosso prato veio todo naquela formalidade, com aquela tampinha e tudo. Confesso que aquele suspense estava me matando. Até que por fim aquele suspense acabou, na hora em que o prato foi destampado torci o nariz e fiz uma cara de estranheza e logo o Luan retrucou:
-A cara pode não ser das mais agradáveis, mas o sabor desse frango com quiabo é o melhor do mundo.
-Vou confiar em você de novo. Eu não sou muito chegada em quiabo, mais por você eu como.
-Opa, assim eu fico me achando rapaz. Bora comer logo?
-Bora! Garçom, só me traga um copo  de água! Se esse frango não me cair bem a água pelo menos alivia.
O garçom foi e logo estava de volta.
Já o Luan havia ‘caído do boca’ no seu prato, só faltava ele lamber os dedos. Eu coloquei o primeiro pedaço na boca com um aperto no coração, mas acabei me surpreendendo. Até que i Luan tinha razão, o sabor do prato era magnifico!
O Luan não tirava seus olhinhos de mim atrás de uma resposta.
-Tá, vou quebrar o suspense, o negócio aqui é bom mesmo.
-Não disse? Você tem que começar a confiar em mim.
-Daqui pra frente eu vou confiar!
-Então Milena... me conta sobre você, já que eu fui o começo da nossa conversa.
Contei um pouco de tudo. Minha vida não foi e não é nenhum pouco ‘aventureira’ quanto a do Luan. Resumia a minha infância só em fatos engraçados e deixei bem claro que essa foi a melhor época da minha vida, afinal eu era feliz e não sabia.
Conversamos muito, alguns segredos foram revelados naquele jantar, até que o Luan cutucou de novo aquela ferida que ele havia cutucado no hotel.
-Milena, o papo tá ótimo, mais tem uma coisa martelando aqui na minha cabeça e eu preciso te perguntar, você ainda gosta do Caio?
Engoli a seco aquela pergunta, um nó foi dado na minha cabeça e tentei desviar o assunto.
-Fugiu do assunto é porque tem coisa aí! Se você não quer falar, não fala, mais saiba que tem um amigo aqui.
-Não é que eu não queira falar, é que essa história vai acabar com a minha noite. Na hora certa eu irei te contar tudo. E obrigada por estar ao meu lado.
Ficamos no restaurante por mais uns 15 minutos e logo mais fomos embora.
Chegamos ao hotel e cada qual foi para o seu quarto.
Me deitei e mergulhei em meus pensamentos. Aquele momento em que o Luan pôs a sua mão sobre a minha e a sua preocupação em relação ao Caio, era o que não saia da minha cabeça. Notei que um sorriso bobo brotou em meu rosto. Será que a Bruna e a Dayse estavam com razão? Eu estava gostando realmente do Luan?
Reparei que no relógio dava mais que 2 horas da manhã e eu ainda não tinha dormido, sendo que teria que acordar às 7 horas para pegar o meu voo que sairia às 8 horas.
Dei logo um jeito de dormir, foi difícil, parecia que o meu cérebro estava em pé de guerra com o meu corpo.
Em um passe de mágica o sol nasceu e com ele o meu celular veio a despertar. Acordei em um solavanco, olhei para tela do meu celular e vi que ele havia despertado 20 minutos antes do previsto. Desliguei o meu celular e voltei a dormir.
Acordei com alguém batendo na minha porta do meu quarto. Levantei meio desajeitada e abri a porta do meu quarto, foi quando dei de cara com a arrumadeira do hotel.
-Desculpa! Pensei que o quarto estava desocupado.
-Magina! Mais a agencia disse que a minha diária só acaba às 10 horas.
-Mas foi por isso que eu vim até aqui. Já se passam das 10h30min!
-Mentira? –sai correndo que nem uma louca atrás do meu celular para verificar as horas.
Com as horas confirmadas, levei um susto que fez a minha pressão cair e quase desmaiei. A arrumadeira vendo o meu estado, me ajudou a sentar em uma cadeira, foi ai então que caiu a ficha de que eu estava em uma cidade desconhecida e sem dinheiro.
-Meu Deus, já era para eu estar em Londrina uma horas dessa. Perdi meu voo e meu dinheiro está praticamente esgotado!
-Moça, se eu puder te ajudar, pode falar!
Na hora me veio uma pessoa na cabeça: LUAN!
-Olha, eu sei que isso pode ser proibido, não tem como a senhora me dizer em que quarto está o canto Luan Santana? É que ele é meu vizinho lá em Londrina.
Nessa hora, a arrumadeira deu um sorrisinho, que foi muito estranho pro meu gosto.
-Olha eu posso perder o meu emprego por isso, mais eu não posso deixar uma menina como você nesse estado.
Ela ligou para a recepção e conseguiu o numero do quarto.
-Moça, ele está no quarto 345.
Agradeci à ela, peguei a minha mala e sair a procura do tal quarto 345.
Subi uns 2 andares e cheguei enfrente ao quarto. Antes de bater na porta, senti o meu rosto queimar de tanta vergonha. Bati umas 3 vezes na porta e não obtive resposta. Fiquei cabisbaixa, encostei minha mala na parede ao lado da porta e fiquei pensando no que eu iria fazer para voltar para a casa.
O Luan deveria estar dormindo, resolvi bater na porta novamente. Dessa vez ouvi um barulho vindo de dentro do quarto. Foi aí que a porta se abriu. Fiquei totalmente constrangida, pois o Luan estava apenas de cueca.

 


Assim que esta postagem atingir 5 comentários irei publicar o próximo capítulo do Conto Santana

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